Coluna de Ricardo Rodrigues originalmente publicada no site do Jornal Hoje em Dia.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comemorou nas redes sociais na última segunda-feira (9) o avanço da vacinação contra a Covid-19 no estado. Ele disse que 75% das cidades mineiras não registraram mortes pela doença na última semana. Zema ainda ressaltou que até setembro toda população adulta, ou seja, acima de 18 anos, vai receber a primeira dose do imunizante.
Notícias como essa são motivos de celebração, primeiro porque as vacinas, independentemente de quais sejam, preservam vidas. Com a maioria da população imunizada, é possível ainda que a retomada da economia aconteça de forma mais plena.
E a matemática está aí para não me deixar mentir: Em Belo Horizonte, por exemplo, mais de 65% do público-alvo definido pelo Ministério da Saúde já recebeu uma dose ou dose única, enquanto cerca de 33% as duas doses ou a Janssen, aplicada uma única vez. Os números refletem direta e positivamente nos indicadores epidemiológicos, emitidos pela prefeitura: O Rt, que mede a taxa de transmissão por infectado, continua em alerta verde, abaixo de 1. Verde também estão os leitos de enfermaria destinados ao tratamento de pessoas com o SArs-CoV-2. Já a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em nível amarelo. É claro que desejamos todos os índices ainda mais baixos, mas só de sabermos que nenhum deles está no vermelho há um bom tempo, nos dá a boa sensação de que a pandemia vem desacelerando, o que é um reflexo incontestável da ampliação da vacinação, que agora começa a chegar ao braço dos mais jovens, abaixo de 30 anos.
Por isso, hoje, quero fazer um pedido: Não deixe, em hipótese alguma de se vacinar, tão logo chegue a sua vez. Não deixe, principalmente, de voltar aos postos de saúde para receber a segunda dose. Vale lembrar que a variante Delta do coronavírus é uma ameaça para o fim da pandemia, já que pode ser transmitida, inclusive, entre vacinados. Estudos afirmam que só a administração das duas doses pode fazer frente a esta mutação que já é realidade em vários estados brasileiros. Sendo assim, não perca tempo!
Não queremos perder mais pessoas para uma doença que já tem vacina. Não queremos que a economia volte a estagnar, causando mais desemprego, falências, recessão e fome.
Para que as boas notícias tomem conta dos telejornais é preciso que você e toda a sua comunidade se protejam. Vacina é, sobretudo, um ato de pensar no coletivo. Se uma cidade, estado ou país estiverem amplamente imunizados, o vírus naturalmente vai perder sua capacidade de circular e consequentemente, deixar de mutar.
Logo, deixo a dica: Vacina boa é vacina no braço. Vacine-se por você, pelos outros, por todos que você ama e, principalmente, em respeito aos que não tiveram essa oportunidade. Vacine-se por nós.
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